Pandemia desencadeia inovações importantes em ortodontia digital

A pandemia da COVID-19 estimulou os investigadores dos EUA a explorar inovações importantes na ortodontia digital e na odontologia geral.

Agora, profissionais de odontologia de vários países estão viajando para o Centro de Educação Odontológica Avançada (CADE) da Universidade de Saint Louis para aprender mais sobre dois avanços tecnológicos não disponíveis em nenhum outro lugar do mundo.

A pandemia intensificou a necessidade de ortodontia digital, uma vez que muitas clínicas foram fechadas devido a bloqueios e restrições de movimento. A COVID-19 eliminou muitas destas barreiras, levando à rápida adoção de soluções digitais e à transformação das formas de trabalho e de prestação de serviços.

Através de uma parceria com a Graphy, uma empresa sul-coreana de materiais de impressão 3D, os pesquisadores da SLU passaram os últimos três anos testando alinhadores diretos impressos em 3D.

Os pesquisadores descobriram que o controle direto das dimensões, estrutura e propriedades do material dos alinhadores – em comparação com folhas plásticas termoformadas como o Invisalign – tem o potencial de tornar o processo de movimentação dentária mais rápido, menos dispendioso e mais preciso.

Suas descobertas foram publicadas recentemente no Progress in Orthodontics.

Dr. Ki Beom Kim disse que este é um desenvolvimento significativo com potencial para ocupar 10%, ou mais de US$ 5 bilhões, da participação de mercado da Invisalign.

“A Invisalign é uma empresa de US$ 25 bilhões. Há interesse comercial de muitas empresas em tentar desenvolver esse tipo de material, mas somos a primeira escola a fazê-lo.”

A retenção em ortodontia tem sido um aspecto desafiador há muito tempo. Embora muitos ortodontistas reconheçam as vantagens do uso de contenções fixas, normalmente existem dois fatores que impedem sua adoção generalizada. A primeira preocupação é a natureza demorada do processo, e a segunda gira em torno do potencial movimento dentário devido ao desenrolamento do fio, conforme destacado em relatos de casos de fios dobrados incorretamente.

Ao abordar esta questão, a YOAT, um fabricante de tecnologia médica com sede em Seattle, revolucionou com sucesso o campo da ortodontia. Ao colaborar com a YOAT, a Universidade de Saint Louis está atualmente testando uma máquina de dobra de retentores no local que promete criar retentores precisos e, ao mesmo tempo, reduzir drasticamente o tempo necessário para alterações. Os primeiros resultados do estudo já mostraram que os pacientes apresentam maior estabilidade em comparação com as contenções tradicionais.

No passado, os ortodontistas tinham que dobrar manualmente os fios de contenção. A parceria da SLU com a YOAT se estende ao desenvolvimento de uma dobradeira de arame para acabamento, com testes programados para este outono. Espera-se que a introdução desta nova máquina eleve ainda mais a qualidade do tratamento, oferecendo opções personalizadas de fios de acabamento, ampliando os limites do tratamento ortodôntico.